Como o Mercado Internacional de Carbono pode beneficiar as empresas brasileiras
O Mercado Internacional de Carbono é um tema que chama a atenção de diversos países em todo o mundo. Proposto durante a assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, o Mercado de crédito de carbono é um sistema de compensações de emissão de carbono ou equivalente de gás de efeito estufa. Isso acontece por meio da aquisição de créditos de carbono por empresas que não atingiram suas metas de redução de gases de efeito estufa (GEE), daqueles que reduziram as suas emissões.
Na proposição, os países signatários teriam que cumprir metas de emissão de Gases do Efeito Estufa (GEEs) – em especial o Dióxido de Carbono (CO2). O Mercado Internacional de Carbono transformaria o CO2 em uma commodity, permitindo às nações que cumprissem as metas de emissão comercializar os chamados créditos de carbono com aquelas que não conseguiram cumprir. Mas, apenas durante o Acordo de Paris, os países em desenvolvimento foram incluídos nesse mercado.
O Brasil ratificou o Acordo de Paris em 2016, se comprometendo, assim, a cumprir uma série de metas de emissão de gases do efeito estufa. A primeira delas é a redução dos GEEs em 37% até 2025, em relação aos níveis de 2005. Outra, bem semelhante, é a redução dos GEEs em 43% até 2030, também com relação aos níveis de 2005. Para alcançar esses objetivos, o país precisa aumentar a participação de energia limpa em sua matriz energética em 18% até 2030, além do reflorestamento de 12 milhões de hectares de áreas desmatadas.
A necessidade de aumento da matriz energética abre as portas para novas tecnologias que poderão ser úteis para setores como mineração, siderurgia, construção civil e agricultura. Um deles é o uso de tecnologias sustentáveis dentro das empresas, como a torre de iluminação com painéis de geração de energia solar, que opera com zero emissão de gases poluentes e despejo de fluidos no solo. Essa adaptação tanto da matriz energética brasileira, através da implantação de fazendas de painéis solares e de energia eólica, quanto da cultura das empresas podem trazer a nossa nação a liderança dessas commodity.
Alguns especialistas apontam que o Brasil possui um grande potencial para ser um líder mundial do Mercado de Carbono. O primeiro fator determinante é a quantidade de riquezas ambientais que o país possui. Além da vasta área verde, somos um dos poucos países do mundo que tem condições de aproveitar bem as possibilidades de geração de energia sustentável, seja pela criação de parques fotovoltaicos, ou através de parques eólicos.
Outro fator que possibilita essa futura liderança é o desenvolvimento de tecnologias industriais que possibilitam uma redução drástica nas emissões de carbono em setores como o minerário, agrícola e construção civil. Alguns exemplos são janelas dinâmicas e selagem de paredes, sistemas que otimizem o controle de temperatura, e a substituição de torres de iluminação à diesel por Ttorres de Iluminação Solar.
A partir da implantação dessas medidas de geração de energia limpa, tanto pela iniciativa privada, quanto por medidas governamentais, nosso país pode assumir um papel importante no mercado internacional. A redução na emissão dos GEEs permitirá ao Brasil negociar a sobra dos créditos de carbono, gerando riqueza e fomentando as iniciativas de pesquisa em novas tecnologias no país.
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