Nas últimas semana, a crise hídrica no Brasil chegou a níveis alarmantes e o risco de desabastecimento geral é cada vez mais real. Dentre as áreas mais afetadas pela crise, além da população em geral, são a agricultura e a mineração. A primeira impacta diretamente na vida de todos os cidadãos brasileiros. Mas, de fato, o que está acontecendo no Brasil?
Em nosso país, 70% da matriz energética brasileira é armazenada em hidrelétricas, onde a energia produzida depende da altura das quedas d’agua e da vazão. Portanto, quanto maior a altura das quedas d’agua e maior a vazão, maior é a produtividade da usina hidrelétrica. O grande problema está na dependência direta dos volumes de precipitação de chuva em todo país. Como dito anteriormente, o país vem enfrentando os menores índices pluviométricos dos últimos 91 anos, de acordo com o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Diante desse cenário caótico, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CSME), emitiu um alerta de emergência hídrica para Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo durante os meses de junho a setembro de 2021. Para o agronegócio, esses são os maiores estados produtores do país.
Em números reais, o alerta emergencial hídrico representa um impacto enorme em safras perenes e anuais. De acordo com um levantamento do Itaú BBA, realizado em junho de 2021, a cultura de café já apresentava uma redução de mais de 30% em relação ao ano de 2020. No caso da cana-de-açúcar, a cultura já apresentava atraso de desenvolvimento causado pelo período seco de 2020 e aguardava as chuvas de 2021 para boa recuperação do setor. Porém, devido ao baixo volume de chuvas, causou não só um atraso na colheita, mas impactou também a expectativa de produção para esse ano.
O perigo da crise hídrica no brasil
A falta de chuvas e, como consequência, a crise hídrica terão impacto direto na vida de todos, desde produtores até consumidores finais, pois são estes que serão os mais afetados na cadeia de consumo. Como forma de evitar futuros problemas, é importante a busca por alternativas tecnológicas sustentáveis para o setor, de forma a exigir e impactar cada vez menos o meio ambiente.
Algumas tecnologias que já existem e podem ser aplicadas ao agronegócio:
Dessalinização da água: Processo físico-químico de tratamento de água que retira os excessos de sais minerais, micro-organismos e outras partículas, com a finalidade de obter água potável própria para o consumo e utilização no campo.
Captação de água da chuva: O processo pode ser feito através de diversos processos, como poços, sistemas com calhas e cisternas, barragens subterrâneas e a captação de água de chuva in situ.
Torre de Iluminação Solar MTower: é uma alternativa não voltada para economia de recursos hídricos no campo, mas para a economia de energia e menor sobrecarga das hidrelétricas. A torre, composta por painéis fotovoltaicos e holofotes de LED é uma alternativa para os processos de atuais de iluminação no agronegócio. Além de ser 100% sustentável e não poluente, ainda pode ajudar na otimização da produção.
A utilização de tecnologias sustentáveis não é exclusividade de nenhum setor, podendo ser adaptada para praticamente todos os setores produtivos do Brasil e do mundo. Seja qual for a opção que sua empresa irá optar para ajudar a melhorar essa realidade que afeta a todos, tomar a atitude é o primeiro passo. No final, uma produção otimizada e mais sustentável é benéfica para todos.
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