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 Mercado Rental: O presente e o futuro do setor

Mercado Rental: O presente e o futuro do setor

Por André Moreira

O mercado de locação de equipamentos pode encontrar um cenário muito positivo no Brasil durante este ano. O ano de 2023 chegou com muitos pontos de atenção. A entrada de um novo governo, a agitação inflacionária e a instabilidade geopolítica são pontos que chamam a atenção e, muito provavelmente, vão definir o ano para o locador.

Para o vice-presidente da Sobratema e especialista no assunto, Eurimilson Daniel, o ano de 2022 foi um ano onde todo o setor rental brasileiro cresceu, ainda respaldado pela recuperação do mercado que se iniciou em 2018. “Eu entendo que ele [setor rental] chegou num patamar muito interessante, um nível de crescimento interessante, uma demanda crescente, e isso em função até da economia. Tivemos um crescimento da economia também interessante e isso alavancou bastante o mercado de rental por questão cultural”, diz Daniel.

Apesar das expectativas do triênio não serem tão boas quanto a dos anos de 2020 a 2022, o Gerente Executivo do Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas, Ferramentas e Serviços Afins do Estado de Minas Gerais (Sindileq-MG), Allan Rodrigues, acredita que o mercado tem tudo para manter uma curva crescente, mesmo que em menor proporção. “É muito difícil que tenhamos um triênio de crescimento no mercado Rental como foram os anos de 2020 a 2022 por causa da pandemia, que foram fantásticos do ponto de vista de investimentos em obras, agronegócios e a indústria de maneira geral. Sem dúvida foi a melhor época do Rental no Brasil, desde 1960. Mas, no fim de 2022, as expectativas eram todas na direção da continuidade do crescimento do mercado Rental, não em um ritmo como nesses 3 últimos anos, mas em uma crescente menos íngreme. Expectativas estas que até agora estão se concretizando”, afirma Allan.

Embora tenha havido um temor inicial sobre as políticas econômicas pós-eleição, o ritmo das locações tem se mantido, na opinião de Daniel e Allan. “Apesar de um clima de incerteza ter pairado no início, o atual governo entendeu que os mercados são muito dinâmicos para serem limitados por políticas públicas. A construção civil e o agronegócio, por exemplo, que são duas das principais molas propulsoras de nossa economia, são amplos consumidores de locação de máquinas, equipamentos e ferramentas. As locações continuam em um bom ritmo”, ressalta Allan.

“Após as eleições, tivemos aí um ou dois meses com expectativas não tão otimistas. Mas sentimos que o setor rental corre por fora. Num cenário desfavorável, as pessoas não assumem riscos elevados, preferem locar”, reforma o vice-presidente da Sobratema.

Mesmo com todo o cenário político-econômico brasileiro, o mercado de locação de equipamentos tende ser um ponto fora da curva. Isso deve-se ao fato de que o mercado rental ter uma porta financeira aberta para crescimento. “O mercado de locação ganhou a porta aberta da área financeira. Você tem muitas empresas com muitos fundos de investimento que provocam um crescimento inorgânico nas empresas, com capacidade de investir muito acima da história do setor rental, individualizado por empresa. Então você tem empresas que já tiveram injeções de milhões de reais injetados para poder adquirir equipamento para poder se posicionar no mercado. Isso gera uma tendência, sim”, destaca Daniel.

De acordo com Allan, alguns segmentos de mercado se destacaram na locação de equipamentos em 2022 e, neste ano, essas tendências devem permanecer. Os segmentos que mais irão gerar locações são a construção civil e infraestrutura em 2023. Portanto equipamentos como Torres de Iluminação Solar, compactadores, betoneiras, caçambas estacionárias, geradores de energia de pequeno a grande porte, andaimes e escoramentos, e máquinas de linha amarela, sem dúvida terão destaque”, afirma Allan.

Seguindo uma tendência mundial, o ESG também está presente no mercado rental. Em suma, ESG é uma sigla em inglês para Environmental, Social and Governance. Essas políticas reúnem uma série de medidas socioambientais que visam não apenas evitar a deterioração de recursos naturais, mas também miram o combate a ausências de práticas corporativas voltadas para a falta de gestão social.

Atualmente, empresas que possuem políticas internas voltadas para o ESG têm se destacado em grandes negociações. Segundo Daniel, o Brasil ainda engatinha como um todo nas práticas sustentáveis, mas há um viés de mudança importante, principalmente com o surgimento de fornecedores de equipamentos que seguem a linha sustentável. “Eu quero imaginar que nós estamos engatinhando ainda, mas já com alguns vieses, com alguns compromissos importantes. Empresas maiores que enxergam isso já estão praticando isso, como é o caso das mineradoras. Mas é interessante que, à medida que a solução ela aparece com custo-benefício atrativo, ela ganha espaço e ela ocupa aquele espaço. Um exemplo típico é a MTower. Com relação às Torres de Iluminação Solar, ela vem substituindo as demais torres e com custo-benefício adequado, tornando o investimento palpável com todo o benefício ambiental”, afirma Daniel.

Para Allan Rodrigues, sustentabilidade é a palavra-chave para qualquer empresa que esteja no jogo, tornando o assunto não em uma pauta do futuro, mas sim, do presente. “Sustentabilidade é a palavra-chave de qualquer empresa que esteja na competição. São mais bem avaliadas e são muito mais bem aceitas no mercado. Todos os fabricantes de máquinas, ferramentas e equipamentos já estão aos poucos descontinuando seus equipamentos movidos à combustão interna por uma linha totalmente ‘baterizada’. Este é o presente, nem mais o futuro. A locadora que não se adaptar a isso estará fora do mercado muito em breve, sem dúvida. Já existem locadoras que só alugam equipamentos à bateria, prevendo essa demanda. O maior problema continua sendo os custos de aquisição desses equipamentos, que em geral são mais caros que seus antecessores, e a estratégia de repasse desses preços de locação ao público final”, destaca Allan.